Sindsaúde acompanha Ato Público de Desagravo em apoio à trabalhadora que sofreu assédio moral

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A ação de solidariedade à auxiliar de enfermagem Giovana Silva de Araújo, no Gonzaguinha da Barra, ocorreu logo após o Ato público de desagravo do Coren-Ce, que acolheu e apurou denúncia da trabalhadora.

O Sindsaúde Ceará, informado sobre a realização do Ato Público de Desagravo pelo assédio moral sofrido pela auxiliar de enfermagem e servidora pública lotada no Hospital Gonzaguinha da Barra do Ceará, Giovanna Silva de Araújo, compareceu com membros de sua diretoria na manhã desta quarta-feira, 18/11, à unidade de saúde para prestar solidariedade aos trabalhadores e repudiar o assédio moral, frequente neste hospital.

O Ato Público de Desagravo é um direito do profissional da enfermagem previsto na resolução 433, de 2012, do Conselho Federal de Enfermagem, Cofen, e funciona como um escudo de proteção contra arbitrariedades, perseguições e ofensas sofridas pelos profissionais da enfermagem no exercício da profissão.

Este foi o primeiro realizado na história do Coren Ceará. Durante o Ato, um púlpito foi colocado em frente à unidade de saúde e a presidente do Coren Ceará, Ana Paula Brandão, fez a leitura do texto em repúdio às ofensas sofridas pela profissional da enfermagem.  Confira o texto completo:

O médico que ofendeu Giovanna, Ricardo Oliveira Santiago, foi oficialmente comunicado sobre a realização do ato, mas não estava presente na unidade de saúde durante a realização do mesmo. A trabalhadora ofendida falou em seguida, destacando a importância de todo o apoio recebido tanto do Coren Ceará como do Sindsaúde. “Não podemos mais aceitar essas humilhações à nossa categoria caladas. Eu vou lutar até a última instância para cobrar a reparação pelos danos morais sofridos no exercício da minha profissão” – afirmou. Giovanna lembrou ainda das palavras ásperas e desrespeitosas ouvidas nos corredores do hospital, proferidas pelo médico Ricardo Santiago. “Eu não sou burra, idiota nem imbecil como ele falou e isso não vai ficar impune” – concluiu. Giovanna recebeu a solidariedade de colegas que foram à frente do hospital para manifestar apoio a ela.

Para a presidente do Sindsaúde Ceará, Marta Brandão, não há mais espaço para impunidade para o assédio moral na saúde. “Esse ato é de extrema importância e deve encorajar outras ‘giovannas’ para que quebrem o silêncio e denunciem aqueles que, por se sentirem blindados, ofendem a categoria da enfermagem impunemente” – afirmou. “A enfermagem merece respeito e nós vamos cobrar isso cada vez mais” – concluiu.

Além do Coren Ceará, Giovanna Araújo levou a denúncia também ao Conselho Regional de Medicina e à ouvidoria da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza.

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