São muitas histórias para recordar. Desde o começo, em outubro de 1941, passando pelas décadas difíceis da ditadura militar, em que lutar pelos direitos dos trabalhadores era considerado subversão, até o período de redemocratização, quando o sindicato volta a atuar nas lutas com todo o vigor.
Do final da década de 1980 até hoje foram muitas batalhas históricas, como a greve na antiga Fusec (Fundação de Saúde do Estado do Ceará), conseguindo a criação de pisos salariais de auxiliares e técnicos de enfermagem, além de gratificações.
De lá para cá, foram várias greves em todos os setores, Estado, Privados e Filantropia. Na década de 1990, houve fortes lutas no complexo Sameac, Santa Casa e Hospital Antônio Prudente, reivindicando melhores salários e condições de trabalho e o fim do assédio moral. A luta também se fortaleceu em defesa dos direitos e por mais conquistas para os agentes de saúde e combate às endemias de todo o Estado.
A disposição para o embate se revela nas paralisações e greves realizadas nos últimos anos, com presença forte nas manifestações que lutam em defesa da democracia e contra os retrocessos do governo golpista de Temer, que ameaça com perda de direitos a toda a classe trabalhadora.
A solidariedade também é uma marca consolidada do Sindsaúde, ao lado de outros sindicatos e do movimento estudantil. “O Sindsaúde sempre foi um sindicato de luta, nunca houve um dia sem uma atividade para fazer. Nunca deixou de participar de lutas, da saúde ou de outras categorias”, relembra a ex-presidente Maria Oliveira.
O Sindsaúde também atua efetivamente em campanhas como o Outubro Rosa, com ações solidárias em prol das mulheres vítimas do câncer de mama, e buscando nas negociações de acordos coletivos favorecer o cuidado com a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.
A atual presidente, Marta Brandão, à frente do Sindsaúde desde 2013, está em sua terceira gestão, marcada pela ampliação das ações do sindicato no interior do Estado, com o fortalecimento das subsedes regionais em Sobral, Iguatu e Cariri, o que tem assegurado uma forte atuação em todos os 184 municípios do Ceará.
Hoje, o Sindsaúde conta com mais de 13 mil filiados e reafirma sua disposição de continuar a luta, junto com os trabalhadores, em defesa da democracia, contra as reformas trabalhista e previdenciária, por mais direitos como a Redução da Jornada de Trabalho, fim da terceirização, fim do assédio moral e por valorização salarial rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.