O Sindsaúde Ceará denunciou as condições precárias enfrentadas pelos Agentes de Combate às Endemias (ACEs) de Banabuiú durante atividades em altura, que vinham sendo realizadas sem qualquer equipamento de proteção. Após a denúncia, o trabalho em altura foi suspenso até que o município adote medidas para garantir a segurança dos agentes.
As imagens registradas mostram os trabalhadores subindo em escadas inseguras, sem capacete, cinto ou qualquer EPI. Em alguns casos, por falta de orientação e apoio da gestão, os próprios agentes se obrigavam a fazer reparos nas escadas para conseguir exercer suas funções — uma responsabilidade que deveria ser da prefeitura. Além disso, precisavam carregar essas escadas nos ombros, em cima de motos, já que o município não fornece transporte adequado, colocando ainda mais em risco a integridade física dos trabalhadores.
Como a gestão municipal não respondeu ao ofício enviado no início de julho, o diretor do Sindsaúde Ceará, Glayson Melo, esteve pessoalmente no município no dia 31 de julho para cobrar providências. Ele foi acompanhado por uma comissão de ACEs e, juntos, foram recebidos pela assessora da Secretaria de Saúde, que reconheceu a gravidade da situação.
Além do trabalho em altura, os agentes apresentaram outras pautas: insalubridade paga de forma incorreta, falta de fardamento, ausência de transporte para campanhas, EPIs para combate à leishmaniose, incentivo por produtividade, jornada adaptada ao calor intenso, ambiente de trabalho inclusivo e um plano de cargos e salários.
O Sindsaúde segue aguardando o agendamento da reunião com a gestão municipal para discutir soluções. Até lá, os agentes não retornarão às atividades em altura sem que a segurança seja garantida.
