No coração do maior hospital de urgência de Fortaleza, pulsa uma realidade insuportável: trabalhadores e pacientes do IJF estão vivendo um inferno em plena UTI.
Recém-inauguradas, as UTIs 1, 2 e 3 do quinto andar já nasceram defeituosas. O sistema de refrigeração não funciona. O ar não circula. O calor é sufocante. A promessa de modernização virou um calabouço quente, abafado e insalubre.
👩⚕️ Trabalhadores exaustos relatam que já não conseguem usar avental para higienizar pacientes, tamanha a sensação de asfixia.
👶 Pacientes frágeis, em estado crítico, são mantidos de fralda, porque o calor é tanto que até o toque do tecido pesa sobre seus corpos febris.
💉 Bactérias fazem a festa, multiplicando-se nas altas temperaturas, enquanto a gestão insiste em improvisos ridículos: ar-condicionados portáteis espalhados como se fossem ventiladores de cozinha.
“Estamos sem condições. Os pacientes estão com febre, o calor é insuportável. Estamos todos adoecendo aqui dentro.” – denuncia uma profissional.
📌Reforma de luxo, realidade de improviso
A obra foi entregue a peso de ouro, com discurso de modernidade e cuidado. Mas bastaram alguns dias para que a maquiagem caísse: buracos nas paredes, janelas escancaradas, equipamentos improvisados e pacientes jogados em um ambiente que mais parece uma sauna de hospital do que uma UTI.
E a pergunta ecoa: para quem essa reforma serviu? Certamente não para os pacientes. Nem para os trabalhadores.
📌UTI não é laboratório de improviso
Cada minuto nesse calor é uma roleta-russa. Não estamos falando de conforto, mas de sobrevivência. Uma UTI sem climatização adequada é terreno fértil para infecções, falência de órgãos e mortes que poderiam ser evitadas.
É desumano impor aos trabalhadores jornadas extenuantes em um ambiente onde se adoece mais rápido do que se cuida.
O Sindsaúde Ceará exige que a Prefeitura de Fortaleza e a Superintendência do IJF assumam imediatamente suas responsabilidades, apresentando um plano definitivo para resolver as falhas estruturais das UTIs. Não aceitaremos paliativos, nem desculpas: os pacientes não podem esperar e os trabalhadores não podem adoecer dentro do maior hospital da capital.
E a sociedade precisa saber: cada dia nesse calor é uma sentença contra quem já luta para sobreviver.