Auxiliares de enfermagem do Hospital César Cals, transferidos para o Hospital Universitário (HUC) após o incêndio ocorrido na unidade, muitos deles com mais de 40 anos de serviço público, relataram profundo abalo emocional após serem orientados pela Secretaria de Saúde do Estado (SESA) a deixarem seus postos e assinarem documentos indicando remoção para outras instituições.
Segundo a diretora do Sindsaúde Ceará, Martinha Brandão, o grupo é formado majoritariamente por servidores antigos, que ingressaram no serviço público em um período em que ainda não existia concurso para técnicos e sentem-se humilhados pela forma como a comunicação foi conduzida, especialmente após o incêndio, episódio pelo qual não têm qualquer responsabilidade.
O Sindsaúde Ceará esteve no hospital na manhã desta terça-feira, 02/12, e afirma que o clima entre os servidores é de insegurança e sofrimento psicológico. A direção do ISGH, segundo a categoria, também tem se mostrado irredutível quanto à permanência desses profissionais.
Uma nova reunião está agendada para esta tarde, na Secretaria da Saúde do Estado. Na quinta-feira, será realizada uma assembleia no Sindsaúde Ceará. Caso não haja recuo da direção do hospital, da SESA ou apresentação de uma alternativa menos dolorosa para os trabalhadores, o sindicato poderá convocar mobilizações.









