O Sindsaúde Ceará manifesta seu mais profundo repúdio à postura da secretária municipal de Saúde, Dra. Riane Azevedo, que durante uma ação de fiscalização do Coren-CE, protagonizou um episódio de desrespeito e agressão institucional contra a enfermeira fiscal Marylin Rabelo, profissional que apenas cumpria seu dever legal: garantir condições seguras de trabalho e de cuidado à população.
Expulsar uma fiscal do hospital, rasgar documentos oficiais e tentar impedir a atuação de um órgão que fiscaliza a segurança da assistência não é apenas um ataque à Enfermagem, é um ataque direto ao direito de todo cidadão a um atendimento seguro. Quando uma gestora tenta calar quem fiscaliza, ela tenta calar também os problemas que a população enfrenta todos os dias nos serviços de saúde.
O Sindsaúde Ceará se solidariza profundamente com a enfermeira Marylin, com o Coren-CE e com cada profissional de Enfermagem que sabe, na pele, o que significa trabalhar sem estrutura, sem dimensionamento adequado e sem o respeito mínimo à sua atuação. Esse episódio não é isolado: chega ao sindicato um volume crescente de denúncias de equipes incompletas, plantões sem enfermeiro responsável, profissionais de nível médio deixados sozinhos em setores de risco e rotinas que violam regras básicas de segurança. E todos sabem: quando falta o enfermeiro, quando a equipe não está completa, quando a gestão improvisa onde deveria garantir, quem paga o preço é o trabalhador e a população.
Mais do que uma categoria indignada, há aqui um alerta coletivo. A ausência de enfermeiro em setores que exigem responsabilidade técnica já esteve no centro de casos graves, inclusive óbitos por erro de medicação, situações que poderiam ter sido evitadas com equipes completas e respeitadas. Por isso, impedir uma fiscalização é impedir que esses erros sejam evitados. É atravessar a linha entre a má gestão e o risco à vida.
O Sindsaúde reafirma seu compromisso com a Enfermagem e com a população de Fortaleza: não aceitaremos que o desrespeito seja normalizado, nem que profissionais sejam humilhados pelo simples ato de cumprir a lei. A cidade merece uma saúde conduzida com responsabilidade, diálogo e transparência, não com intimidação a quem fiscaliza, nem com retaliação a quem trabalha.
Seguiremos vigilantes, mobilizados e solidários. Porque defender a Enfermagem é defender a segurança de todos.
Manifestação da categoria: Quinta, 9h, Em frente à SMS.
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