Carta à população de Pacajus: olhos bem abertos com o novo prefeito!

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Mal chegou ao poder, o novo prefeito de Pacajus já mostra a que veio. 40% da folha de pagamento de novembro e toda a folha de pagamento de dezembro estão atrasadas. O prefeito, ao invés de se sensibilizar com o sofrimento dos trabalhadores, fez uma proposta imoral: parcelar o salário de dezembro em oito vezes!

Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias fizeram o que qualquer trabalhador faria: disseram não ao parcelamento e exigiram que o salário fosse pago integralmente. Como o prefeito se negou a buscar uma solução, iniciaram greve no dia 28/1.

Aí é que está a grande surpresa. No 3º dia de greve, o prefeito já pediu, na Justiça, que o movimento seja declarado ilegal. Note bem: é um prefeito do Partido dos Trabalhadores, eleito graças a uma ampla coligação de legendas progressistas, pede na Justiça a ilegalidade de uma greve ainda em seu 3º dia.

Voltando no tempo, há dois anos os agentes de saúde fizeram greve de 45 dias reivindicando o pagamento do incentivo financeiro. O prefeito de então, do PSDB, partido conservador, de direita, não pediu a ilegalidade da greve e ainda negociou com a categoria.

Tem alguma coisa muito errada que não se encaixa aí! Queremos saber dos partidos que apoiam o atual prefeito se eles foram consultados quanto a essa atitude truculenta, extremista e autoritária do prefeito. No lugar desses trabalhadores, o que fariam?

A greve é um direito dos trabalhadores, garantido pela Constituição. Nosso movimento, organizado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará (Sindsaúde), respeita integralmente todos os critérios da lei, não havendo motivos para o prefeito ter ingressado com o pedido de ilegalidade.

Exigimos uma resposta! De que lado os partidos progressistas estão? Queremos nossos salários!