Sindsaúde cobra cumprimento de tabela Covid para cooperados que prestam serviços ao Estado

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O Governo anunciou nesta terça-feira, 25/08, a redução dos valores dos plantões em decorrência da redução do número de casos de Covid-19 no Estado.

Os trabalhadores da saúde que prestam serviços ao Estado através de cooperativas acordaram com uma surpresa ingrata nesta quarta-feira, 26/08. É que o Governo do Estado anunciou que vai reduzir os valores dos plantões em decorrência do arrefecimento da pandemia do novo coronavírus. Os valores praticados hoje estão previstos no contrato aditivo feito em 29 de abril com validade até 29 de outubro de 2020. O referido contrato previa valores diferenciados em decorrência do alto risco de contaminação pela Covid-19.

Imagem Diário do Nordeste

A medida pegou de surpresa inclusive os servidores da saúde do Estado, que realizam plantões extras através das cooperativas. “Nós, que somos servidores da saúde do Estado, só tivemos perdas nesse período. Adoecemos, perdemos colegas e nenhuma reparação financeira por estarmos na linha de frente para garantir o atendimento à população” – afirmou a técnica de enfermagem e diretora do Sindsaúde Ceará, Silvânia Lopes.

A presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, lamenta que o Governo do Estado adote uma medida que só vai gerar perdas aos profissionais que continuam atuando no enfrentamento ao coronavírus. “Apesar da redução no número de casos de Covid-19, a pandemia não acabou e os profissionais da saúde continuam se arriscando para atender à população. Muitos morreram, outros ficaram com sequelas. Não podemos aceitar de braços cruzados que os valores dos plantões sejam reduzidos como se os riscos não existissem mais” – afirmou. “É uma medida injusta e nós vamos tentar reverter junto à Secretaria da Saúde do Estado” – concluiu. O Sindsaúde Ceará deve entregar ainda nesta quarta-feira, 26/08, um ofício solicitando a manutenção dos valores previstos no contrato aditivo específico para os plantões Covid.

A redução nos valores dos plantões afeta todos os trabalhadores da saúde, que prestam serviços através das cooperativas. Aqui se incluem os trabalhadores que atuam nas unidades que recebem pacientes positivos para Covid-19, como o Leonardo da Vinci e os motoristas e socorristas das ambulâncias, que fazem a transferência dos pacientes com o novo coronavírus.

 

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