CCT 2024: Patrões do Setor Privado da Saúde propõem míseros 3,71% de reajuste salarial e piso da enfermagem regionalizado com valores distantes do previsto em lei

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Na sede do Sindessec, sindicato patronal do setor privado da saúde, uma reunião revelou o desrespeito flagrante aos profissionais da saúde que laboram em estabelecimentos desse setor. Os diretores do Sindsaúde, Joelson Paiva, Maria Duarte e o Assessor Jurídico, Vianney Martins, foram confrontados com uma proposta de reajuste salarial que beira o absurdo: míseros 3,71%. Mas o golpe mais duro veio com a sugestão para o piso salarial da enfermagem, que está longe de refletir a dignidade e a importância desses profissionais, bem como do que está estabelecido em lei.

Segundo a Lei 14.434/2022, o piso salarial para técnicos e auxiliares de enfermagem deveria ser de R$ 3.325,00 e R$ 2.375,00 respectivamente. Entretanto, a proposta do sindicato patronal é insultuosa: eles buscam seguir o que, infelizmente, foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), um piso ‘regionalizado’, que se traduz em R$ 1.620,00 para técnicos e R$ 1.504,00 para auxiliares, representando um reajuste de apenas 7% sobre os salários de dezembro de 2023. Esses valores estão muito aquém e distante do que foi estabelecido como PISO.

O desrespeito não para por aí. A ausência de retroativo para os reajustes salariais, exceto se for abono salarial, parcelado em duas vezes, mostra o descaso com que os profissionais da saúde são tratados pelos patrões do setor privado. As cláusulas econômicas também são alvo desse desdém, com um reajuste de apenas 3,71%.

É inaceitável que os profissionais que estão na linha de frente do cuidado com a saúde sejam tratados com tamanho desrespeito e desvalorização. 

ASSEMBLEIA DA CATEGORIA

Diante de tamanho ataque, convocamos toda a categoria para uma assembleia que ocorrerá quarta-feira, 24 de abril, às 8h, na sede do Sindsaúde Ceará, de forma presencial.

E, atenção, categoria da Enfermagem, segundo a última decisão do Supremo Tribunal Federal, o piso salarial dos auxiliares e técnicos de enfermagem só será pago pelos patrões, se for firmado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Portanto, os profissionais da enfermagem, do nível médio, precisam participar das assembleias e das mobilizações, a fim de que possamos garantir o tão sonhado piso salarial. 

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