Convenção Coletiva do setor Privado garante novos pisos e ganho real

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As negociações dos empregados dos hospitais e entidades privadas foram encerradas no dia 25/07. A Convenção Coletiva de Trabalho, válida para o ano de 2014, traz como novidade pisos salariais para maqueiros, porteiros e controlistas de acesso. Para quem ganha salário acima dos pisos, o reajuste geral será de 6,5% sobre o salário de dezembro de 2013. Já os pisos salariais de técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem, técnico de laboratório, auxiliar de laboratório, recepcionista, atendente, maqueiro, porteiro e controlista de acesso tiveram reajustes de 7,39% a 11,35%. A categoria obteve ganho real (no salário e nos pisos), considerando a inflação de 5,56%, medida pelo INPC-IBGE, de janeiro a dezembro de 2013. (Veja detalhes na tabela em imagem anexo)


Para cada filho(a) com idade até seis anos, a empregada-mãe terá direito, mensalmente, ao auxilio creche no valor de R$ 114,00 e ao auxilio babá no valor de R$ 101,00. Tanto o auxilio creche quanto o auxilio babá são extensivos à mãe adotiva e aos empregados do sexo masculino que tenham a guarda/responsabilidade do(a) filho(a), atestada pela justiça. Para obter o auxilio babá não precisa comprovar nenhuma despesa, bastando apenas a apresentação da certidão de nascimento.


As empresas terão que pagar, na folha de agosto/2014, os novos valores de salários, pisos, auxilio creche e auxilio babá, assim como o retroativo do reajuste destas verbas e benefícios , de janeiro a julho de 2014.


Durante mais de seis meses, o sindicato usou todos os meios de reivindicações, através de atos e manifestações nas portas dos hospitais. Mesmo sem a categoria aderir às paralisações, o saldo da campanha salarial no setor privado foi positivo, pois houve a conquista de novos pisos e reajustes acima do índice de inflação.




A direção do Sindsaúde salienta que é importante a participação dos trabalhadores nas assembléias, assim com a adesão às manifestações e paralisações. Temos como exemplo o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Fortaleza cuja convenção deste ano garantiu reajuste de 8%, vale-alimentação de R$ 10,00/dia, cesta básica e plano de saúde, mas tudo isto porque aqueles trabalhadores todo ano fazem greve, custe o que custar.