Cientes do caso das diretoras do Sindsaúde que foram agredidas em Milagres no dia 10 de outubro, os delegados e delegadas da 21ª Conferência Estadual do PCdoB divulgaram uma moção em solidariedade às sindicalistas.
MOÇÃO EM SOLIDARIEDADE ÀS CAMARADAS SINDICALISTAS DO SINDSAÚDE POR OCASIÃO DO ATO DE VIOLÊNCIA PROMOVIDO PELOS GESTORES MUNICIPAIS DA CIDADE DE MILAGRES (CEARÁ)
Os delegados e delegadas da 21ª Conferência Estadual do PCdoB prestam solidariedade às camaradas sindicalistas, Madalena Policarpo, Elza Sônia, Márcia Vieira e Adriana Faustino e, em nome delas, a toda à direção do Sindsaúde, por ocasião do ato de violência psicológica, moral e física promovida pelos gestores municipais de Milagres.
O Sindsaúde, de maneira legítima e democrática, buscou a prefeitura municipal de Milagres no dia 10 de outubro para agendar uma reunião, a fim de tratar de assuntos pertinentes à categoria de trabalhadores e trabalhadoras de nível médio da saúde naquele munícipio.
Primeiramente, o chefe do executivo municipal, Hellosman Sampaio, recebeu a representação da diretoria, negando de maneira truculenta qualquer canal de negociação. Em seguida, as sindicalistas foram expulsas da recepção da prefeitura por um segundo gestor municipal.
Diante da situação, as companheiras se posicionaram em frente à prefeitura para denunciar o ato de intransigência e desrespeito à tradição democrática.
Neste momento, a camarada Madalena Policarpo, ao microfone, foi verbal e fisicamente agredida pelo secretário municipal de Obras. Com palavras de baixo calão e gestos obscenos, foi ameaçada pelo agressor, que chegou a quebrar o microfone do sindicato, exigindo a retirada imediata da sindicalista.
As demais companheiras, ao defender a diretora Madalena Policarpo, foram vítimas da mesma violência.
Nós, delegadas e delegados da 21º Conferência Estadual do PCdoB, reafirmamos nosso compromisso com a luta das mulheres. O PCdoB quer estimular a que as mulheres brasileiras, cearenses e comunistas, possam ocupar cada vez mais espaços de poder e decisão no cenário político nacional e local.
É inadmissível que as mulheres ainda sejam vítimas de atos machistas e violentos, principalmente quando estes são promovidos pela institucionalidade governamental. Os gestores públicos precisam atentar para a eliminação de quaisquer práticas desta natureza.
Sendo assim, aqui reunidos e reunidas prestamos nosso apoio incondicional e nossa solidariedade efetiva a cada uma das companheiras sindicalistas, como forma de fortalecê-las no enfrentamento às praticas machistas, sexistas, de classe e de geração.
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS!
Fortaleza, 12 de outubro de 2013.