Nesta quinta-feira (28/2), às 7h, venha dar seu grito de protesto contra a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O Sindsaúde conclama todos os funcionários/as da Sameac a realizar protesto em frente ao Hospital Universitário Walter Cantídio, pois uma equipe da Ebserh estará visitando o local.
No último dia de seu mandato, o presidente Lula encaminhou para o Congresso medida provisória criando a Ebserh. Essa empresa, já implantada no Piauí, Maranhão e Brasília e em processo de implantação no Rio Grande do Norte e Alagoas, vai gerenciar todos os hospitais universitários. Para ser implantada no Ceará, era necessária a aprovação do reitor, que só aceitou no dia 20/12, após ser “avisado” pelo Ministério da Saúde que ficaria sem recursos para o HUWC.
Em todo o Brasil, profissionais da saúde têm realizado manifestações contra a implantação da Ebserh por entenderem que é uma empresa privada criada pelo próprio governo para explorar o lucro na área da saúde. A empresa possui autonomia para gerenciar a saúde como quiser e o objetivo será o lucro, não mais desenvolver pesquisas para servir à população.
Já este ano o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ajuizou no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4895) contra dispositivos da Lei 12.550/2011, que autorizou a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH.
Nós, trabalhadores da Sameac, estamos sem certezas para o futuro a partir da implantação dessa empresa! Venha protestar junto com o Sindsaúde. Estamos lutando por nossos empregos, mas também pela saúde pública no Brasil!
Bons motivos para ser contra a Ebserh:
– A universidade e o serviço de saúde vão seguir o interesse de um empresário, sem se preocupar em prestar contas e seguir o controle social do SUS.
– O lucro será o objetivo final. Quem ganhará? A saúde do trabalhador, a qualidade da assistência? Ou o lucro do empresário?
– A porta de entrada dos usuários é 100% pública no SUS, enquanto que a porta de entrada, com a Ebserh, será divida entre quem tem plano de saúde e condições de pagar e quem não tem. A Ebserh aumenta a desigualdade de acesso e rompe com a universalidade do SUS.