Em assembleia, servidores definem contraproposta para o governo

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Cerca de 250 servidores de nível médio da Saúde do Estado aprovaram por unanimidade, em assembleia realizada hoje (20), contraproposta para ser apresentada ao governador Cid Gomes por meio do seu chefe de gabinete, Danilo Serpa.

Os servidores propõem que o governo constitua comissão de estudo do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores de nível médio da saúde e apresente o resultado em 60 dias. Propõem ainda que o PCCS seja aplicado retroativamente a 1º de agosto deste ano.

Assim, os grevistas rejeitaram a proposta de 20% de reajuste sobre o código 101 em substituição à reestruturação do PCCS, apresentada pela comissão de negociação do governo na reunião ocorrida no último dia 17, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Eles debateram que até podem aceitar o aumento, mas não como substituição à reestruturação do PCCS.

Próximos passos

Ainda na tarde de hoje, o chefe de gabinete do governador, Danilo Serpa, deverá apresentar ao governador Cid Gomes a contraproposta dos servidores. Além da definição sobre o PCCS, Danilo Serpa deverá apresentar a repercussão financeira da gratificação por plantões aos finais de semana (R$8 milhões anuais) e do adicional de insalubridade para os agentes de saúde (R$5,4 milhões anuais).

“Estamos em processo de negociação e agora vamos ouvir o que o governador tem a dizer. Nossa greve está cada dia mais forte e continuamos trabalhando por mais adesão”, declarou a secretária geral do Sindsaúde, Marta Brandão.

Os servidores seguem realizando concentração de greve na Praça do Ferreira e mantendo 30% do atendimento, como determina a lei de greve.

Aumenta participação dos servidores

Nas falas indignadas, os servidores de nível médio da saúde deixaram bem claro: não suportam mais as péssimas condições de trabalho no Estado e estão dispostos a lutar pela reestruturação do PCCS.

“Temos que lutar até o fim! Vamos ser fiéis à nossa saúde e à nossa profissão”, pediu uma servidora.

Outra trabalhadora reforçou que a categoria precisa de valorização. “Quando eu entrei no serviço público, estava pensando em dias melhores, melhores salários e estabilidade”, desabafou.

A greve está cada dia mais forte! Participe do movimento, tire suas dúvidas, venha para a luta!