Os servidores do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) deram exemplo de coragem ao paralisar o trabalho ontem (3), das 19 às 20h. Utilizando o carro de som, faixas e palavras de ordem, exigiram que o governo cumpra os compromissos com o nível médio da Saúde – reeestruturação do PCCS e gratificações por plantões aos finais de semana.
O momento também foi aproveitado para denunciar os problemas específicos do Hias, que não são poucos. O que mais causa indignação é a norma inventada pelo diretor geral do hospital, Dr. Walter Frota, determinando que servidores com terço ou hora extra darão 16 plantões em todos os meses de 31 dias, independentemente da escala.
Além de todos os casos de assédio moral já conhecidos (uma auxiliar de enfermagem entrou na Justiça contra a enfermeira Olaneide, do setor de Material), os servidores de nível médio enfrentam discriminação na UTI. Eles não podem entrar no local de trabalho com bolsa. “Onde vamos colocar nossos pertences? Eles pensam que nós vamos roubar? Mas os médicos entram com malas e ninguém diz nada”, protestam.
Uma servidora, indignada, foi ao microfone denunciar que o Centro Pediátrico do Câncer (unidade construída em parceria entre o Hias e a Associação Peter Pan, inaugurada em 2010) não tem número suficiente de funcionários. “São dois auxiliares de enfermagem para sete pacientes graves”, conta.
Diante desse cenário, a diretora Madalena Policarpo lembrou a força e importância do nível médio. “Nós representamos a maior parte do corpo de funcionários e somos quem, de fato, acompanha os pacientes no dia-a-dia”, disse.
Já a diretora Cristina Soares destacou o carinho que os profissionais da Saúde devotam aos pacientes. “Nós saímos de casa não é só para trabalhar, mas para dar esperança a essas pessoas”, afirmou.
Veja o registro fotográfico na nossa Galeria.
O calendário de paralisações no Estado segue firme. Participe!
5/7 – Hospital do Coração de Messejana
10/7 – Hospital Geral de Fortaleza
12/7 – Hospital de Saúde Mental de Messejana
17/7 – Hospital Geral Dr. César Cals