Greve dos servidores da saúde do Estado começa nesta sexta-feira (10)

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Em assembleia realizada hoje (7), mais de 150 servidores de nível médio da saúde do Estado decidiram, por unanimidade, greve da categoria a partir desta sexta-feira (10).

Os servidores reivindicam reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e gratificação por plantões aos finais de semana, benefício concedido, atualmente, apenas para os profissionais de nível superior.

Com a reestruturação do PCCS, os trabalhadores pretendem corrigir distorções na aposentadoria e garantir qualidade de vida. “Atualmente, o salário-base dos servidores está abaixo do mínimo, muitos na faixa dos R$300,00. Nós ficamos amarrados às gratificações e a diferença é muito grande na hora da aposentadoria. Morremos de trabalhar para ganhar um pouco mais, fazendo plantões extras”, explica a secretária geral do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde), Marta Brandão.

As reivindicações foram promessa de campanha de Cid Gomes ainda em 2006. Já neste ano, o governo se comprometeu a atender a pauta em duas ocasiões: em fevereiro, quando os servidores ameaçaram greve, e em maio, quando ocuparam os jardins do Palácio da Abolição. “O governo marcou datas, mas não cumpriu nada”, denuncia a presidente do Sindsaúde, Tereza Neuma Siqueira.

A assembleia aprovou ainda o comando de greve, com um membro de cada hospital do Estado.

“Somos doentes cuidando de doentes, precisamos de um trabalho que garanta nossa saúde. Queremos uma saúde onde os trabalhadores de todos os níveis sejam tratados por igual”, desabafou um servidor.

Agentes de Saúde entrarão em greve amanhã (8)

Os servidores têm pauta unificada com os agentes de saúde, que lutam por pagamento de adicional de insalubridade e licença maternidade de seis meses. Os agentes também deliberaram greve, que começará amanhã (8).

Na quinta-feira (9), cerca de mil agentes virão a Fortaleza para realizar manifestação na Praça da Bandeira.