Hapvida Aldeota coloca câmera em banheiro, mas volta atrás após pressão dos trabalhadores e Sindsaúde

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Não toleramos assédio moral! Não passarão!


O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde) realiza ato nesta terça-feira, 19/8, no Hospital do grupo Hapvida na Aldeota para denunciar a instalação de uma câmera no banheiro feminino.


A instalação ocorreu no início do mês do agosto e foi denunciada pelo sindicato, em sua página no facebook, no último dia 11. Logo em seguida, a empresa voltou atrás, contudo, a direção do Sindsaúde entende que esta é apenas mais uma ação de assédio moral de um conjunto sofrido pelos empregados/as do Hapvida.


Voltaram atrás porque em poucas horas houve 117 compartilhamentos e a denúncia foi visualizada por quase 4 mil pessoas, mas queremos garantir que algo do tipo não ocorrerá novamente e inibir outras posturas de assédio moral da empresa, como obrigar os profissionais a dobrar o plantão.


A vitória é mérito dos trabalhadores e trabalhadoras que, tomando conhecimento do caso pela página do facebook do Sindsaúde, utilizaram seus perfis pessoais para denunciar o absurdo e fazer com que a situação tivesse fim. Foram 3.780 visualizações, 68 opções curtir e 117 compartilhamentos! “Com certeza o Hapvida caiu em si por conta desta reação em massa da categoria, que atendeu ao apelo do Sindsaúde”, destaca a diretora do sindicato, Daniele Nazário.


O Sindsaúde espera poder contar cada vez mais com esta participação da categoria, que deu resultados práticos. Compartilhe nosso conteúdo, curta, comente, construa o sindicato nas redes sociais também. Vamos ocupar a internet a nosso favor!


Ação judicial por danos morais


No hospital trabalham mais de cinquenta mulheres, expostas à câmera. A assessoria jurídica do Sindsaúde reforça que este tipo de equipamento não pode ser colocado em banheiro, pois atinge o direito à intimidade, consagrado pela Constituição Federal.




O sindicato já havia ingressado com ação judicial para que o Hapvida retirasse a câmera do banheiro e, mesmo o caso tendo se resolvido, mantemos o pedido de indenização por danos morais às mulheres que trabalham atualmente naquela unidade do Hapvida, pois todas foram vítimas do abuso e insensatez da empresa.