Manifestantes ocupam Câmara Municipal de Iguatu

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Cerca de mil pessoas participam de manifestação em Iguatu, no interior do Ceará, na tarde da última terça-feira (18). O grupo entrou na Câmara Municipal e interrompeu a sessão legislativa. Segundo a Polícia Militar, não houve tumulto ou baderna e todo o protesto ocorreu de forma pacífica.

Os servidores municipais protestam contra um projeto de lei que tramita na Câmara que pretende criar um sistema de previdência social própria da cidade. Segundo os manifestantes, o novo sistema prejudica os funcionários, principalmente os que estão mais próximos da aposentadoria.

Na manifestação, pediu-se a retirada da pauta. A população de Iguatu pede também mais segurança nas cidades. Além de Iguatu, Juazeiro do Norte também realizou manifestações no mesmo dia, pedindo fim de reformulação no sistema previdenciário.

O grupo ocupou as galerias e muitos tiveram que ficar em frente ao prédio porque não havia espaço para todos os manifestantes. Servidores municipais e estudantes usando nariz de palhaço e conduzindo faixas e cartazes gritavam palavras de ordem ‘retirem o projeto’.

Depois de ocuparem o plenário, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e pediram que os vereadores respeitassem os direitos dos servidores municipais. “Nós somos contra esse projeto porque traz risco para todo o funcionalismo”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Sílvia Bandeira. “Essa proposta não pode ser aprovada”.

Servidores públicos e centenas de estudantes participaram do ato público. Os manifestantes pediram melhoria nos setores de saúde e de educação.

A sessão deveria ter começado às 17 horas. Somente às 18 horas foi iniciada, após o presidente do legislativo, Bandeira Júnior ter negociado com as lideranças do movimento.

A presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais, no Ceará, Enedina Silva, disse em plenário que o movimento foi vitorioso. “O prefeito e os vereadores usaram o bom senso”, disse. “Nós queremos um município mais justo e democrático e o Brasil que nós queremos começa no município”.

Bandeira Júnior leu o texto de retirada do projeto que estava em tramitação. Depois do pronunciamento de Enedina Silva, disse que a Câmara é a casa do povo e declarou encerrada a sessão.

Adaptado do G1.