Patrões apresentam nova proposta de banco de horas. Vote no plebiscito!

120

Em reunião ocorrida no Ministério Público do Trabalho, na última sexta-feira, dia 9/8, o sindicato patronal (representante dos hospitais privados) apresentou nova proposta para compensação de jornada de trabalho, o conhecido banco de horas. Antes, a proposta era aumentar 2 horas na jornada normal e a compensação ou pagamento ocorrer a cada 3 meses; agora, a proposta é acrescentar 1 hora e a compensação ocorrer a cada 2 meses.

Segundo os patrões, muitas vezes, há necessidade de se prorrogar a jornada de trabalho em razão de atrasos na chegada do(a) outro(a) empregado(a).

O empregado não poderia ultrapassar sua jornada em mais de uma hora por dia. Os plantonistas não se submeteriam ao sistema de banco de horas, ou seja, quando o plantonista terminasse seu expediente, não poderia mais permanecer no trabalho, pois a jornada destes profissionais já é de doze horas. Assim, o “banco de horas” pretendido pelos patrões só atingiria os profissionais que trabalham seis ou oito horas por dia.

É por conta deste engodo do banco de horas que o aumento salarial dos empregados e empregadas do setor Privado ainda não saiu, pois a nossa data-base é janeiro e de lá para cá os patrões nos chantageiam com isso – ou aceitamos o banco de horas ou continuamos com o salário defasado, nos dizem. Em assembleia no mês de abril, a categoria rejeitou esta proposta e decidiu continuar na luta por melhores salários, sem banco de horas, um sistema que escraviza os trabalhadores, deixando-os sempre à disposição do patrão, sem pagamento pela hora extra trabalhada.

O Sindsaúde avalia que houve um recuo na proposta dos patrões, no entanto, a diretoria do sindicato mantém sua proposta de ser contra a compensação de jornada (banco de horas), pois horas trabalhadas a mais devem ser pagas como hora extra.

Agindo de forma democrática, como sempre fazemos, o Sindsaúde irá realizar plebiscito, com urnas nos principais hospitais, a fim de consultar a categoria sobre a proposta patronal apresentada na última sexta-feira.

Por fim, o Sindsaúde esclarece que há mais de um mês não vem fazendo manifestações na porta dos hospitais porque a Justiça do Trabalho deu uma mãozinha aos patrões, proibindo o sindicato de fazer ato a menos de 50 metros da entrada dos hospitais e sem puder usar qualquer tipo de som. É lamentável a interferência do judiciário nas questões sindicais. Caso o sindicato descumpra a ordem da juíza da 9ª Vara do Trabalho de Fortaleza terá de pagar multa de R$ 10.000,00 por dia.

Confira o calendário do plebiscito. Fique atento e participe no seu hospital!

Dia 14/8, quarta-feira:

– Hospital Genesis: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Gastroclínica: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Hospital São Mateus: das 9h às 12h e das 14h às 20h

Dia 16/8, sexta-feira:

– Uniclinic: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Monte Klinikum: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Hospital São Raimundo: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Otoclínica: das 9h às 12h e das 14h às 20h

Dia 19/8, segunda-feira:

– Hospital São Carlos: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Otoclínica: das 9h às 12h e das 14h às 20h

– Prontocárdio: das 9h às 12h e das 14h às 20h

Dia 20/8, terça-feira:

– Prontocárdio: das 9h às 12h e das 14h às 20h


Haverá ainda urna na sede do Sindsaúde para aqueles que não puderem votar em seu local de trabalho.