11.09.2012
Os servidores da saúde de nível médio do Estado que estão em greve realizaram uma manifestação em frente ao Hospital Albert Sabin (Hias), no bairro Vila União, na manhã de ontem. A unidade foi escolhida para o protesto porque, segundo os manifestantes, os funcionários estão recebendo represálias devido à paralisação.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Estado do Ceará (Sindsaúde-CE), Tereza Neuma, os grevistas já têm um calendários de protestos, que serão feitos em vários locais da cidade. No entanto, conforme aponta, o Hias é o que mais tem dificultado a vida dos servidores do Estado. “Esse hospital tem sido muito truculento com os servidores”, acusa.
Além disso, ela declarou que o hospital está substituindo os grevistas por prestadores de serviço, o que é ilegal. “Quanto mais pressão eles fazem, mais pessoas aderem a greve”, acredita a sindicalista.
Tereza ainda disse que já mostrou todas as reivindicações da categoria para o governo do estado, mas a promessa era de que as mudanças seriam feitas apenas em janeiro e os grevistas querem isso para agora.
“Éramos para ter entrado em greve no mês de março, mas, como o governo pediu para adiar, nós fizemos isso. Assim, agora, só voltamos quando as reivindicações forem atendidas”, garantiu a presidente.
Adesão
Segundo ela, em todo o Estado, existem quase três mil servidores e cerca de 60% aderiram ao movimento. Com isso ficam deficitários os atendimentos em emergências, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e também na recuperação.
A assessoria de imprensa da Secretária de Saúde do Estado (Sesa) informou que mantém um canal de diálogo permanentemente aberto com os servidores. As propostas estão sendo analisadas.
Fonte: Diário do Nordeste