Sindsaúde faz ato na porta do Hospital São Vicente por reajuste salarial

166



O Sindsaúde fará manifestação nesta terça-feira, 16/9, às 6h30, em frente ao Hospital São Vicente, em Barbalha. A intenção é cobrar o fechamento da Convenção Coletiva 2014, com reajuste salarial digno.


Os patrões do setor filantrópico, depois de quase nove meses de embromação, anunciaram que não aceitam reajustar os salários e pisos dos empregados em valores maiores do que 6%.


A proposta patronal é inaceitável. O índice de reajuste do salário mínimo foi de 6,78%. Persistindo o reajuste proposto pelos hospitais filantrópicos, daqui a uns três anos não teremos mais pisos salariais para auxiliares e técnicos de enfermagem e os empregados acabarão ganhando só o salário mínimo. Por isso, o Sindsaúde não aceita este reajuste insignificante.


Pela proposta patronal, os pisos passariam a ser, a partir de janeiro/2014:


– auxiliar de enfermagem: R$  747,55


– técnico de enfermagem:  R$ 770,56


– atendente/recepcionista: R$ 733,67


O sindicato reivindica um reajuste de 15%, inclusive nos pisos, piso salarial para auxiliar de serviços gerais, maqueiros, porteiros, empregados da hotelaria. Queremos também tíquete alimentação para todos os empregados. E já avisamos aos patrões que não aceitaremos reajuste menor do que o índice de reajuste do salario mínimo.


Filantropia chora, chora, mas não larga o filé 


A cada dia, presenciamos na mídia a choradeira dos donos de hospitais filantrópicos. Botam a culpa no governo. Governadores e prefeitos, no entanto, dizem que a culpa é da má gestão dos filantrópicos.


Os trabalhadores não podem pagar a conta deste desacerto entre governo e empresários da filantropia. É uma briga de barões. Os hospitais filantrópicos têm isenção fiscal, faturam bilhões do SUS e ainda pagam os piores salários.


Os empresários da filantropia reclamam, reclamam, mas não largam o filé do SUS. Se este negócio fosse tão ruim como alardeiam, com certeza, já tinham passado todo o atendimento para os hospitais públicos. E POR QUE NÃO FAZEM ISTO?


Talvez, a resposta esteja no grande crescimento experimentado pelas Santas Casas, em todo o Brasil. O negócio é tão bom que os padres camilianos a cada dia aumentam a rede de hospitais ditos filantrópicos. Em Fortaleza, no Cura d’Ars, gozando dos benefícios fiscais, pagos pelo povo, atendem a todo tipo de convênio e ainda estão construindo um anexo. Recentemente, o prefeito de Iguatu passou todo atendimento feito pelo hospital municipal para os padres camilianos. Dá pra entender como este negócio pode ser ruim?