A medida, resultado de ação do Conselho Federal de Medicina contra a União, deve comprometer ainda mais a qualidade da atenção básica e agravar epidemias como a de sífilis.
O Sindsaúde repudia toda e qualquer ação que venha a comprometer ainda mais a qualidade da saúde pública em nosso país. Quando uma liminar proíbe enfermeiras(os) de solicitar exames é o paciente que fica prejudicado, principalmente em um cenário de crise e retrocessos, com menos investimentos na saúde, na contramão do avanço das epidemias. A medida, resultado de uma ação do Conselho Federal de Medicina que pediu suspensão da Portaria do Ministério da Saúde nº 2.488 de 2011, põe em risco protocolos de saúde pública, nas linhas de cuidados prioritários na atenção primária em saúde (APS), vigentes hoje no país, tais como doenças crônicas não-transmissíveis (HAS e DM), tuberculose, hanseníase, saúde da mulher (rastreio para câncer de colo de útero e mama) e sífilis, que não terão mais continuidade.
Deixar essa atribuição(solicitação de exames) exclusivamente para a classe médica é uma atitude irresponsável e egoísta e mais uma vez é a população mais necessitada dos serviços públicos quem vai pagar o preço. O Sindsaúde defende uma saúde pública e de qualidade para todos e esclarece a população que é necessário reagir a medidas como esta que só trazem prejuízos aos que mais precisam. O interesse público deve estar em primeiro lugar.
Chega de corporativismo!
Saúde pública e de qualidade para todos!
Pelo direito de enfermeiras(os) solicitarem exames na atenção básica!
Com informações da Assessoria de Comunicação do Sindsaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará
