Todo apoio à greve dos ACE e ACS de Fortaleza! Basta de retaliação!

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Em greve desde o dia 27/1, os agentes de combate às endemias (ACE) e os agentes comunitários de saúde (ACS) sentem na pele a intransigência da prefeita Luizianne Lins. O Sindsaúde, que apóia a greve dos trabalhadores desde o início, vem se solidarizar, por meio desta nota pública.

Esse é um movimento mais do que legítimo, pois as duas categorias são imprescindíveis para garantir a saúde do povo de Fortaleza, fazendo trabalho de prevenção, preservando a vida. Contudo, a prefeitura, que não respeita o povo, também não respeita os ACS e ACE, obrigando-os a suportar duras condições de trabalho.

Enquanto as categorias pedem 16% de reajuste, a prefeitura se mantém intransigente, bate o pé e se dispõe a conceder apenas 5,34%, calculado sobre R$600,00.

Com o incentivo de campo é outra novela. Os agentes pedem R$13 para as duas categorias. Atualmente, são R$10 para os ACE e R$5 para os ACS. A prefeitura propõe incentivo de R$6,5 para ACS a partir de janeiro, passando a R$7 em setembro, e para os demais reajuste de 3,1% sobre o incentivo.

Segundo os agentes, é a maior “fartura”: falta lápis, prancheta, borracha, crachá, fardamento e protetor solar, ou seja, itens básicos que o trabalho seja realizado e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Até o vale transporte sai com atraso, sempre.

Como se não bastasse, Luizianne Lins acha que é toda poderosa e teve a coragem de abrir seleção para ACE e ACS substitutos. Isso não é preocupação com a prestação de serviço à sociedade, mas tem outro nome: chama-se RETALIAÇÃO! A prefeita quer mesmo é obrigar os trabalhadores a desistirem de lutar por seus direitos, e para isso faz chantagem, colocando em jogo o próprio emprego dos agentes.

Nesse devaneio de ditadora, Luizianne perdeu completamente o bom senso e mandou pedir de volta, da Câmara dos Vereadores, mensagem que tratava do Plano de Empregos, Carreiras e Salários das categorias. Dizemos basta a tudo isso!

Até agora, houve 11 audiências – uma audiência na Procuradoria Regional do Trabalho (PRT), duas no Tribunal de Justiça e nove reuniões com a prefeitura.

As categorias estão abertas ao diálogo, pois no início pediam 33% de reajuste e agora reduziram a demanda para 16%. Fica muito claro que os agentes fizeram esforços para uma solução comum, mas a Prefeitura está se esforçando é para atrapalhar um possível consenso.

Diante de tudo isso, o Sindsaúde reforça sua solidariedade e se coloca ao lado dos ACE e ACS na luta, para o que for preciso. Sabemos, por experiência, que no campo da luta social só uma mobilização guerreira como essa pode mudar a realidade! Vamos em frente! A Prefeitura vai sentir, de fato, a força da união dos trabalhadores/as ACS e ACE!