A Convenção Coletiva de Trabalho da rede particular está em negociação e os patrões, além de oferecer um reajuste irrisório de 3%, ameaçam retirar direitos.
A presidente do Sindsaúdee Ceará, Martinha Brandão, esteve junto ao diretor Quintino Neto, na Câmara Municipal de Fortaleza, nesta quinta-feira, 07/04. Eles foram solicitar a realização de uma audiência pública para debater a situação crítica dos trabalhadores do nível médio da saúde da rede particular, que estão ameaçados de perder direitos. As negociações para a CCT 2022 não avançam e os patrões propõe apenas 3% de reajuste, índice que não cobre sequer a inflação acumulada em 2021, que foi de 10,16%.
Atendendo ao pedido do Sindsaúde Ceará, a vereadora enfermeira Ana Paula fez o requerimento para a realização da audiência. No plenário, a vereadora falou da luta do Sindsaúde e dos obstáculos no decorrer da negociação para a campanha salaria de 2022. Ela comentou sobre como a chegada do Grupo Kora ao Ceará tem impactado negativamente na vida dos trabalhadores da saúde. O grupo comprou três grandes hospitais (São Mateus, Gastroclínica e Otoclínica) e agora faz pressão na mesa de negociação para retirar direitos dos trabalhadores, como é o caso do pagamento em dobro nos feriados e a licença de empregadas para acompanhar filhos ao médico.
“Nós vamos seguir reagindo e resistindo a esses ataques e vamos exigir desse Grupo Kora que trate os trabalhadores com dignidade e respeito” – afirmou Martinha Brandão, presidente do Sindsaúde Ceará. “A valorização desses trabalhadores é de interesse da população, diretamente prejudicada pela perda na qualidade dos serviços” – continua. “Estão lucrando muito explorando os profissionais e os clientes, que pagam caro para ter acesso a esses hospitais” – concluiu.