Após intervenção em frente a hospital, Hapvida marca reunião para tratar sobre ACT 2021

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O Sindsaúde Ceará realizou nesta quinta-feira, 17/06, intervenção em frente ao Hospital e Maternidade Eugênia Pinheiro, da Rede Hapvida, para cobrar negociação de acordo coletivo de trabalho. A atividade foi em clima de velório.

Após várias tentativas de negociação sem sucesso, o Sindsaúde Ceará realizou na manhã desta quinta-feira, 17/06, em frente ao Hospital e Maternidade Eugênia Pinheiro, da Rede Hapvida(Avenida Heráclito Graça, 500 – Centro), um ato para cobrar a abertura de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho para 2021. A intervenção, realizada pelo Sindsaúde Ceará, contou com a participação de dirigentes de outros sindicatos, atentos à defesa dos direitos dos trabalhadores.

Cortejo fúnebre simbólico em protesto contra o descaso do Hapvida com o ACT dos empregados para 2021.

Dirigentes sindicais se vestiram de preto e até participaram de um cortejo fúnebre simbólico para manifestar a insatisfação com o descaso dos gestores do Hapvida, que se recusavam a negociar o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria para 2021. A proposta de acordo foi entregue pelo Sindsaúde ao Hapvida ainda em dezembro do ano passado.  Só nesta semana, esse já foi o terceiro ato de protesto para cobrar a negociação. Dessa vez, o resultado foi diferente.

Em meio às palavras de ordem e cientes da repercussão do ato nas mídias sociais, representantes do Grupo Hapvida saíram do prédio e, em conversa rápida com a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, agendaram a primeira reunião de negociação para esta sexta-feira, 18/06, às 14h. Para a presidente do Sindsaúde Ceará, Marta Brandão, o desfecho dessa história começa a mudar a partir de hoje. “Foi necessário trazer um caixão pra porta do hospital pra gente ser ouvido. Nós queremos negociar, garantir reajuste e outros direitos aos empregados, que nem protestar podem por medo de sofrer retaliação” – comentou.

O Grupo Hapvida é um dos que mais cresceu durante a pandemia, aumentando as receitas em 62%, e, mesmo assim, insiste em tratar com descaso os trabalhadores. O empresário do grupo, Cândido Pinheiro, é um dos mais ricos do Brasil, mas está muito longe de ser o que paga melhor seus empregados. Nem a crise sanitária causada pela Covid-19, que colocou os profissionais da saúde em evidência, sensibilizou esse grupo empresarial, que vinha se negando a tratar de reajuste salarial e direitos para seus empregados.

Confira mais registros desta atividade que resultou no agendamento da primeira reunião de negociação do ACT Hapvida para 2021. Imagens: Cristhyana Abreu

 

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