•REDE PRIVADA/PARTICULAR
No setor privado, as negociações não evoluíram porque as propostas do sindicato patronal são inadmissíveis.
A proposta do sindicato patronal, apresentada na reunião realizada no último dia 22, consiste em conceder um reajuste salarial aos profissionais que tem pisos salariais variando de 5,93% a 7,42% a partir de outubro e um abono de 5%, por mês, a ser pago entre janeiro e setembro de 2023, dividido em 4 parcelas. O abono salarial, além de ser menor do que a inflação, só beneficia os empregadores, pois não irão pagar encargos sociais (FGTS, INSS etc) sobre o valor do abono. Além disso, o empregado que gozou férias entre janeiro e setembro de 2023 não terá direito à revisão do valor das férias que foram pagas com o salário sem correção.
Para os empregados que não possuem piso salarial definido, a proposta do sindicato patronal é um reajuste de 5,93% para aqueles que ganham até R$ 15.014,61 a partir de outubro, juntamente com um abono salarial de 5%, por mês, referente ao período de janeiro a setembro, também pago em 4 vezes.
No caso do piso salarial da enfermagem, o sindicato que representa as empresas do setor privado propõe parcelar o pagamento até o final de 2024.
No entanto, o Sindsaúde não aceita essa proposta e considera que o piso já está em vigor desde 13 de setembro. Caso os empregadores da rede privada não cumpram o pagamento do piso salarial dos técnicos de enfermagem, dos auxiliares de enfermagem e das parteiras, o sindicato buscará medidas legais a partir de 6 de outubro de 2023 para garantir que os profissionais recebam os valores garantidos pela Lei 14434/2022.
Mas atenção, acontece hoje, 25/09/23, mediação entre o Sindsaúde e Sindicato patronal no Ministerio Público do Trabalho e, em breve, novas atualizações serão publicadas em nossas mídias sociais
•SINCOOMED
O Sincoomed (Sindicato patronal que representa as cooperativas de serviços médicos, exceto a UNIMED Fortaleza) propôs o pagamento do piso da enfermagem em duas parcelas: 70% em dezembro de 2023 e 30% em julho de 2024, com um reajuste de 5% para todas demais funções. A direção do Sindsaúde decidiu recusar essa proposta de parcelamento ao entender que não há como flexibilizar o piso da enfermagem. Como não evoluíram as negociações, a direção do Sindicato decidiu que, exemplo da rede privada, irá ajuizar a ação de cumprimento da Lei do piso salarial também para os empregados deste segmento.
•UNIMED FORTALEZA
A Unimed Fortaleza apresentou, no último dia 19, propostas de reajuste variando de 4,18% a 7,42% nos pisos salariais e considera que não precisa oferecer um novo reajuste, para os demais salários, pois já adiantou 4,18% em maio de 2023. Quanto ao piso salarial dos técnicos e auxiliares de enfermagem, a proposta envolve um parcelamento, embora os detalhes não tenham sido especificados para o Sindsaúde.
A direção do Sindsaúde também rejeitou o parcelamento do piso salarial da enfermagem. Como as tentativas de negociação não surtiram efeito no que diz respeito ao piso salarial da enfermagem, a única saída que resta será a justiça, caso a Unimed Fortaleza não pague o piso salarial dos técnicos de enfermagem e dos auxiliares, tal como diz a lei
É importante destacar que o Sindsaúde entende que a lei federal que trata do piso da enfermagem já tem mais de um anos de publicada e que todas as possíveis postergações foram esgotadas. Portanto, medidas judiciais serão tomadas para assegurar o pagamento do piso aos profissionais da enfermagem representados pelo Sindsaúde.