Na manhã desta terça-feira, 21 de janeiro, o Sindsaúde Ceará realizou uma assembleia com trabalhadores de nível médio da enfermagem da rede Hapvida para discutir a proposta da empresa sobre a implantação do piso salarial da enfermagem. Durante a assembleia, a categoria rejeitou a proposta da Hapvida e deliberou uma contraproposta que será enviada à empresa.
A proposta apresentada pela Hapvida é vista como um retrocesso para a valorização dos profissionais da Enfermagem. A empresa, uma das maiores e mais lucrativas do Brasil, propôs implementar o piso da enfermagem escalonadamente até 2027. O valor final seria de R$ 2.615,36, com pequenos reajustes em 10 etapas ao longo dos próximos três anos.
Para o Sindsaúde e para os trabalhadores, esta proposta é inaceitável. A Hapvida continua isolada, na contramão das outras empresas privadas de saúde, que já aderiram à Convenção Coletiva de Trabalho de 2024, garantindo a implantação do piso até o final desse ano, 2025.
Diante disso, a contraproposta aprovada pelos trabalhadores e Sindicato é clara: a implementação do piso da enfermagem deve ser concluída até dezembro de 2025, garantindo uma base para novas negociações e melhores reajustes em 2026 e 2027. Essa medida visa impedir a tentativa da Hapvida de burlar futuras negociações ao propor reajustes insuficientes e diluídos em prazos excessivos. O Sindsaúde Ceará entregará a contraproposta à empresa no dia 22 de janeiro, com prazo para resposta até 28 de janeiro. Caso não haja uma resposta satisfatória, o sindicato convocará uma mobilização da categoria, com manifestação agendada para o dia 4 de fevereiro, incluindo uma manhã de atividades no Hospital
“Vamos continuar lutando pela dignidade e pelos direitos da enfermagem. O piso da enfermagem é uma conquista histórica, e não vamos permitir que grandes empresas como a Hapvida se esquivem dessa responsabilidade”, afirmou a diretoria do Sindsaúde, Martinha Brandão.
A mobilização da enfermagem continua forte, com a certeza de que a luta por direitos não pode parar.