Samu Ceará protesta na Sesa contra o assédio moral

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Os trabalhadores do Samu Ceará denunciam uma rotina de ameaças, humilhações e perseguições e pedem providências.

Samu Ceará pelo resgate da dignidade! Com faixas e cartazes pedindo o fim do assédio moral, trabalhadores do Samu Ceará realizaram protesto em frente à Secretaria da Saúde do Estado nesta quarta-feira, 23/06. Alguns trabalhadores, fardados, chegaram a bloquear a rua por alguns minutos.

Na ocasião, uma comissão foi chamada por gestores para tratar sobre o assunto. Foram recebidas a presidente do Sindsaúde, Marta Brandão, acompanhada dos dirigentes Messias Carlos, Silvânia Lopes, além das trabalhadoras do Samu, Cibelle Menezes e Janete Rocha. Pela gestão, participaram da reunião a secretária executiva, Sandra e a coordenadora Recursos Humanos, Yanasha, que se comprometeram a levar a demanda ainda nesta quarta-feira, 23/06, ao secretário Roberto Cabeto para que sejam adotadas as medidas cabíveis. “Avaliamos que foi boa a reunião e esperamos que logo sejam tomadas providências para cessar os assédios cometidos pela enfermeira Rilma Marques, que já tem uma série de denúncias acumuladas na Ouvidoria do Estado” – comentou.

Ao transmitir o resultado da reunião, muitas trabalhadoras do Samu choraram. “O assédio moral causa feridas invisíveis, mas dolorosas e nós vamos seguir combatendo” – disse o socorrista e diretor do Sindsaúde Messias Carlos. Ficou acertado na reunião um prazo até o dia 30 de junho para que a Sesa comunique ao Sindsaúde as providências tomadas. Caso isso não ocorra, um novo protesto deve ser realizado.

Os assédios

Há vários meses, o Sindsaúde tem recebido através de aplicativos de mensagem e mídias sociais, denúncias de trabalhadores do Samu Ceará. Mesmo sendo os mais expostos nesta pandeia, eles se sentem os menos reconhecidos. Esses profissionais, que tem atuado incansavelmente no socorro de urgências e que, na pandemia, tiveram suas jornadas de trabalho intensificadas, com riscos ainda maiores, denunciam que tem sofrido assédio moral, com perseguições e humilhações por parte da enfermeira Rilma Melo, que é cooperada, mas exerce função de chefia no Samu, o que, por lei, deveria ser função exclusiva de servidores do Estado. Como se não bastasse o trabalho exaustivo, os servidores compartilham uma rotina de medo, com ameaças e punições que afetam a saúde emocional com perdas em suas remunerações.

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