O ambiente insalubre, com paredes mofadas, pisos quebrados e colchões sujos tem causado adoecimento e frustração nas profissionais que convivem com o descaso dos gestores do hospital.
Paredes mofadas, pisos e revestimentos quebrados, colchões velhos e sujos. Uma estrutura precária em um ambiente insalubre. Isso é o que revelam as imagens do espaço destinado ao repouso das técnicas de enfermagem do Hospital Infantil Sopai. Para as trabalhadoras que precisam usar esse ambiente, um pesadelo. Não são raros os casos de adoecimento. Como se não bastasse a estrutura, há denúncias de que o lanche servido também passa longe da dignidade.
São inúmeras as denúncias que tem chegado ao Sindsaúde através das mídias digitais. A situação se torna ainda pior já que as trabalhadoras afirmam ter levado as reclamações à chefia, mas teriam sido tratadas com total descaso.
O Sindsaúde Ceará repudia a forma desumana que as profissionais do Sopai estão sendo tratadas. “Uma categoria que tem mostrado seu valor no combate à pandemia merece ser valorizada e tratada com dignidade” – afirma Marta Brandão. “Já acionamos o nosso setor jurídico para pedir fiscalização junto aos órgãos competentes, o que inclui vigilância sanitária e MPT” – continuou. “É inadmissível que isso esteja acontecendo no momento em que a população mais precisa da atenção à saúde. Quando o profissional não é valorizado e cuidado, isso reflete diretamente na qualidade do atendimento. Pedimos o bom senso dos gestores desse hospital para que resolvam o mais rápido possível esses problemas que são muito graves” – concluiu.
O Hospital Infantil Sopai recebe recursos públicos e se apresenta à população como referência no atendimento a crianças. E mesmo nessas condições precárias, a unidade recebe pacientes diagnosticados com Covid-19.