A rede busca retirar inúmeros direitos dos trabalhadores
Em um ato de completa falta de consideração e respeito aos direitos dos trabalhadores, a contraproposta apresentada para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2023 da rede particular é simplesmente revoltante pois busca retirar diversos direitos já garantidos.
Não há outra forma de expressar essa indignação diante da ameaça da retirada de direitos e de um reajuste miserável a qual foi proposto, apenas 5,71%, que não repõem as perdas inflacionárias.
Vale ressaltar que o reajuste ocorrerá somente em setembro, sem retroativo, em forma de abono e parcelado em 4 vezes, para trabalhadores que ganham o piso e até o valor de 7.507,49. Acima desse valor o reajuste se dará por meio da livre negociação entre o empregado e o empregador.
Os patrões da rede particular atacam a estabilidade das trabalhadoras gestantes propondo a redução de oito meses para apenas cinco meses após o parto. Além disso, pretendem retirar o Auxílio Babá, benefício essencial para mães que precisam conciliar o trabalho com o cuidado de seus filhos.
O absurdo não para por aí. O pagamento em dobro pelos feriados trabalhados em regime de 12×36 está sendo questionado, negando aos profissionais o reconhecimento pelo tempo dedicado ao trabalho nessas ocasiões especiais.
O adicional de estímulo, necessário para incentivar o aprimoramento profissional, está sendo desvalorizado, com a intenção de aumentar a carga horária do curso, que hoje são 30 horas para 100 horas, e pagar um valor irrisório de apenas setenta reais.
A principal mudança proposta diz respeito à ultratividade, a qual fala que a atual convenção fica valendo em quando a outra não for assinada. Entretanto, o que a rede particular propõe é que após o fim da convenção, caso não haja acordo para a próxima convenção até 31 de dezembro de 2023, as empresas deixam de ficar obrigadas a cumprir com as responsabilidades desta convenção.
NÃO ACEITAREMOS RETIRADA DE DIREITOS!
REAJUSTE DIGNO JÁ!
Por fim, destacamos que esses são só alguns dos inúmeros direitos que a contraproposta dos patrões da rede particular está buscando retirar e que o Sindsaúde Ceará não aceitou e não aceitará essa proposta.
Exigimos respeito aos direitos conquistados e um tratamento justo para aqueles que dedicam suas vidas à prestação de serviços essenciais na área da saúde. Queremos um reajuste digno e que valorize os trabalhadores.