Universidade quer mudar função de técnicas de enfermagem para não pagar o piso nacional, previsto em lei, de R$ 3.325,00.
O que se espera de uma Universidade, como centro de formação de futuros profissionais, é, no mínimo, o respeito à ética e às leis, legitimamente, instituídas, no país. Não é o que está acontecendo na Unichristus. Gestores da Universidade – Campus Parque Ecológico – anunciaram para os técnicos de enfermagem, lotados na Central de Material e Esterilização (CME), que será feito um curso de auxiliar de saúde bucal, às pressas e à distância. O técnico de enfermagem, que quiser continuar trabalhando, terá que fazer este “cursinho” e passará a receber salário de auxiliar de saúde bucal. O Sindsaúde Ceará notificou, nesta segunda-feira, 29/08, a Unichristus e está adotando as medidas cabíveis para que sejam respeitados os direitos dos profissionais de enfermagem.
Para o assessor jurídico do Sindsaúde Ceará, Vianey Martins, esta medida que a Unichristus pretende efetivar é totalmente ilegal e tem por objetivo driblar a aplicação da Lei 14.434/2022, que instituiu o piso dos profissionais da enfermagem, fixando em R$ 3.325,00 o piso para técnicas de enfermagem. Ele explica que várias atribuições exercidas na CME são privativas de técnicos de enfermagem. “Querem mudar a função de direito mas não de fato desses profissionais, que devem continuar atuando em atividades exclusivas da enfermagem” – explicou.
“Os profissionais da enfermagem esperaram tanto tempo para ver essa categoria valorizada com a conquista do piso nacional e agora os empresários fazem de tudo para burlar a lei” – afirma o presidente em exercício do Sindsaúde Ceará, Messias Carlos. “É um desrespeito e nós vamos tomar as medidas cabíveis. Não vamos aceitar que a categoria da enfermagem seja rebaixada para atender os interesses dos patrões” – concluiu.
Confira AQUI notificação do Sindsaúde à Unichristus