O Sindsaúde Ceará já vinha denunciando ativamente as cooperativas de saúde fraudulentas e, em resposta a outras denúncias, em setembro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) conduziu uma investigação de três meses, revelando fortes indícios de um esquema criminoso entre cooperativas de saúde e agentes públicos, disseminado por 21 municípios cearenses.
Segundo a investigação do MPCE divulgada nos veículos de comunicação, além da fraude em licitações, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou que a suposta organização criminosa envolvia o aliciamento de servidores públicos municipais e desvio de recursos públicos. O mesmo grupo já obteve sucesso em licitações no Estado do Piauí.
Apesar dos graves indícios de peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública, a continuidade dos serviços é mantida, enquanto as investigações prosseguem visando a responsabilização dos envolvidos.
Diante de todo o exposto, reforçamos ainda mais nosso posicionamento de que o estado e os municípios cearenses precisam reformar urgentemente a forma de contratação dos profissionais de saúde, atualmente vulneráveis a cooperativas fraudulentas como as denunciadas, sejam por concursos ou seleções públicas.
Esta situação não apenas prejudica a população, que merece serviços de saúde transparentes e eficazes, mas também impacta negativamente os trabalhadores do setor, que enfrentam as consequências de esquemas criminosos. É imperativo que medidas efetivas sejam implementadas para garantir a integridade do sistema de saúde e a proteção dos direitos tanto dos cidadãos quanto dos profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado da população.
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