Nesta quinta-feira, 6 de abril, na Praça do Ferreira, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado do Ceará, realizou ato em repúdio às propostas imorais de reajuste salarial enviadas pelos patrões da rede particular, do Monte Klinikum e Hapvida. Os empregadores expuseram projeções que não se aproximam, ao menos, da alíquota aplicada ao salário mínimo nacional de 8,91%.
As propostas para os trabalhadores da saúde de nível médio, em alguns cenários, ficam abaixo da inflação. A rede particular ofereceu apenas 3%, já os hospitais filantrópicos encaminharam os 5,93%, porém, ainda pior que as referidas ofertas, o grupo Hapvida sugeriu 0% na mesa de negociação. Os profissionais seguem amargando as perdas após o fechamento das negociações, por parte das empresas, que aconteceu há pouco mais de três meses.
Na ocasião, os trabalhadores da saúde também queimaram, na Praça do Ferreira, o judas representando o prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira, que tem tratado com descaso a saúde do Município e oferecido um reajuste de apenas 5,79%. Mesmo com os trabalhadores recusando a proposta, Sarto enviou, para Câmara Municipal, no dia 16 de fevereiro, a proposta para ser aprovada. Nesse sentido, as negociações continuam sem avanço.
“Os patrões lucram, enchem os bolsos com a exploração da força de trabalho da saúde. Eles exploram exatamente os profissionais que foram linha de frente na pandemia, sem falar os que morreram salvando vidas”, disse Martinha Brandão, presidente do Sindsaúde.