Sameac – Trabalhadores indignados com declarações do reitor da UFC protestam nesta quinta-feira, 03/12

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O ato será realizado a partir das 8 horas da manhã, em frente à Maternidade escola. De lá, os trabalhadores seguem em caminhada para a frente do Hospital Universitário Walter Cantídio.


 


O Sindsaúde vem a público expressar a indignação com a posição manifestada pelo reitor da UFC, Henry Campos, durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 01/12. O reitor tenta colocar no colo dos trabalhadores da Sameac a culpa da crise no complexo hospitalar da UFC.


 


O reitor afirma a crise se tornou mais complexa por conta da determinação judicial que obriga a manter depositado em juízo o recurso referente à indenização dos empregados da Sameac e, ao mesmo tempo, manter a folha de pagamento. O reitor chegou a pedir que a Justiça reveja a sua decisão, numa tentativa de fragilizar ainda mais a situação dos trabalhadores.


 


A informação do Reitor não tem o menor cabimento. O Ministério da Educação garantiu os recursos para as indenizações trabalhistas a qualquer custo. Estes recursos não saíram do orçamento normal da UFC. Já estão depositados na Justiça Trabalhista cerca de R$ 2 milhões de reais.  O reitor esquece, propositalmente, de dizer que não haverá redução de despesas com a demissão dos empregados da SAMEAC porque a UFC já publicou edital para licitar mão-de-obra para substituir o pessoal da SAMEAC, intento que ainda não foi concretizado porque a justiça determinou a suspensão desta licitação, uma vez que tinha o claro objetivo de substituir os trabalhadores em greve.


 


Os cerca de 700 trabalhadores da Sameac estão ameaçados de demissão por conta do fim dos contratos com a UFC. Em greve desde o dia 05 de outubro, os trabalhadores lutam pela manutenção dos empregos com a renovação ou prorrogação dos contratos. A maioria desses trabalhadores já está próxima de se aposentar e uma demissão nesse momento seria ainda mais prejudicial. Os trabalhadores tem sofrido com a pressão psicológica que se dá à medida em que eles são substituídos em suas funções por empregados da Ebserh. Estão sendo descartados após 20, 30 anos de dedicação ao Hospital Universitário Walter Cantídio e Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Meac. 


 


Para esses trabalhadores, a UFC está pagando com ingratidão a quem dedicou suas vidas ao bom funcionamento das duas unidades de saúde.


 


O Sindsaúde permanece ao lado dos trabalhadores da Sameac e defende a prorrogação dos contratos, para a manutenção dos empregos e redução dos gastos da universidade, que teria que desembolsar cerca de nove milhões com as rescisões dos cerca de 700 trabalhadores. Recurso que será, sem dúvida, precioso para garantir os insumos das unidades para assegurar o bom funcionamento das mesmas e a retomada dos atendimentos à população.


 


Ameaçar suspender atendimentos para tentar colocar a população e a justiça contra o movimento dos trabalhadores é imoral. Vamos continuar defendendo o emprego dos trabalhadores e o bom atendimento à população.


 


Convidamos todos a participarem do ato que será realizado nesta quinta-feira, 03/12, às 8 horas, com concentração em frente à Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Em seguida, os manifestantes sairão em caminhada até a entrada do Hospital Universitário Walter Cantídio. 


 


Contamos com a presença de todos!


 


Vamos nos manter firmes na luta! Na segunda-feira, 07/12, será realizada nova audiência na 7ª Vara da Justiça do Trabalho, no Fórum Autran Nunes, ás 8h30. 


 


Quem tem esperança resiste na luta!


Reitor, defendemos o emprego e a saúde pública de qualidade!


A culpa dessa crise não é nossa!


 


Com informações da Assessoria de Comunicação do Sindsaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará