Trabalhadores da Sameac fazem um dia de mobilização em defesa do emprego

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Os trabalhadores se concentraram pela manhã em frente à MEAC, onde coletaram assinaturas para um abaixo assinado que foi entregue durante a tarde na Reitoria da UFC.


 


Os trabalhadores da Sameac, com o apoio do Sindsaúde, do Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Sameac, MTDS, e do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará, SINTUFC, realizaram nesta quinta-feira, 30 de julho de 2015, um dia de mobilização em defesa do emprego. Os trabalhadores da Sameac, que atuam no Hospital Universitário Walter Cantídio e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, estão apreensivos com o fim dos contratos da Sameac com a UFC, que terminam nesta sexta-feira, 31/07, e em agosto próximo. 


 


Durante a manhã, a partir das 7 horas, os trabalhadores ficaram concentrados em frente à Maternidade Escola, onde foi servido um café da manhã à população. Na ocasião, eles coletaram assinaturas para um abaixo assinado solicitando ao reitor da UFC, Henry Campos, a prorrogação dos contratos da Sameac com a UFC por mais cinco anos. O documento foi entregue no começo da tarde na Reitoria. Depois disso, os trabalhadores participaram de uma assembleia conjunta com os servidores da UFC, em greve desde o dia 18 de junho de 2015. Durante todo o dia, foi distribuída uma carta aberta à população.


 


Os contratos da Sameac com a UFC se encerram em julho e agosto deste ano e ainda não há definição sobre o assunto. Cerca de 700 trabalhadores, muitos deles perto de se aposentar, estão sofrendo com esta ameaça.


 


Ingratidão, um sentimento comum aos trabalhadores


 


Para a funcionária da Sameac, Nilce França, ainda é difícil acreditar que isso está acontecendo. Atuando no Hospital Universitário há 29 anos, ela teme pela demissão às vésperas da aposentadoria. “Isso é ingratidão. Nunca pensei que isso pudesse acontecer. Eu sou tenho esse emprego. Vou fazer o quê?” Indaga a técnica de enfermagem que diz já não dormir bem por conta do futuro incerto.


 


O mesmo sentimento é compartilhado por Sônia da Rocha, assistente de faturamento do Hospital das Clínicas, cujo contrato termina nesta sexta-feira, 31/07. “Se o hospital que já conhece o meu serviço há 28 anos está me dispensando, onde vou conseguir trabalho?” Ela relata ainda que o clima está tenso. “Muitos colegas trabalham chorando e ainda tem que repassar o serviço pro pessoal da EBSERH que está chegando.” 


 


Para a enfermeira Teresa Feijão, que conseguiu se aposentar no ano passado, a angústia é pelos colegas. ”Nós somos uma família. É muito triste ver o sofrimento dos meus colegas e amigos. Muitos só tem esta renda.” Ela destaca a dedicação dos trabalhadores da Sameac. “Aqui, se trabalha com amor. Eu tenho outra renda mas me sinto responsável em lutar por eles também”- finaliza. 


 


Com informações do Sindsaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará